A educação ambiental tem se mostrado um pilar essencial para promover a mudança cultural necessária na reciclagem e no manejo de resíduos no Brasil. Iniciativas como o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, vêm incorporando práticas de coleta seletiva, compostagem e conscientização ambiental no currículo escolar, com o objetivo de formar cidadãos mais responsáveis e engajados na sustentabilidade. Esse modelo incentiva investimentos diretos em infraestrutura e em tecnologias que otimizam o reaproveitamento de resíduos, além de permitir que as empresas comprovem seu compromisso com metas ESG (ambientais, sociais e de governança).
Uma das estratégias é envolver crianças e adolescentes em projetos práticos, como hortas comunitárias e oficinas de reciclagem, incentivando-os a replicar essas práticas em casa e nas comunidades. Estudos apontam que a inclusão de educação ambiental no ambiente escolar impacta diretamente as famílias, multiplicando os resultados positivos. Em municípios como Curitiba, reconhecida por seus esforços na coleta seletiva, a educação ambiental em escolas públicas tem sido crucial para alcançar altas taxas de reaproveitamento de resíduos.
Apesar dos avanços, especialistas indicam que é necessário ampliar o alcance dessas iniciativas e adaptar os conteúdos às diferentes realidades regionais. “Em áreas rurais, por exemplo, a ênfase pode estar no reaproveitamento de resíduos orgânicos, enquanto nas áreas urbanas, a coleta seletiva e a redução do consumo de plásticos descartáveis devem ser priorizadas”, destaca Paula Ribeiro, pedagoga e pesquisadora em educação ambiental. Com investimentos contínuos e parcerias público-privadas, a educação ambiental tem o potencial de ser um motor para a transformação cultural e estrutural do setor de reciclagem no Brasil.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente (MMA) – ProNEA.
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