A criação da AGIR (Aliança Nacional pela Gestão, Recuperação e Reciclagem de Embalagens e pela Circularidade dos Resíduos) marcou um importante avanço nas políticas de reciclagem e sustentabilidade no Brasil. Lançada em parceria com 35 instituições, a aliança une organizações da sociedade civil, órgãos públicos, entidades gestoras de logística reversa e empresas privadas com o objetivo de acelerar a transição para a economia circular.
O Brasil produz cerca de 27,7 milhões de toneladas de resíduos recicláveis por ano, mas a maior parte desses materiais ainda não é reaproveitada. A AGIR busca transformar essa realidade ao promover ações como a harmonização de dados do setor, realização de estudos técnicos, organização de eventos e divulgação de práticas sustentáveis. Além disso, a aliança pretende estimular a valorização de resíduos, tratando-os como recursos estratégicos.
A inclusão social dos catadores de materiais recicláveis é uma prioridade central da iniciativa. Segundo Dione Manetti, presidente do Instituto Pragma, o modelo linear de gestão de resíduos está esgotado, e a AGIR surge como uma plataforma para coordenar esforços em prol de uma mudança estrutural. Isso inclui atrair investimentos para o setor, reduzir os impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos.
Embora seja um passo importante, especialistas apontam que o sucesso da AGIR depende de uma colaboração consistente entre todos os atores envolvidos, incluindo governos estaduais e municipais, para superar desafios logísticos e culturais. Essa transformação é essencial para colocar o Brasil na vanguarda da reciclagem e da sustentabilidade global
Fontes: Incentiv e Abiplast.

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